A novela clássica de Benedito Ruy Barbosa, exibida pela TV Manchete em 1990, está sendo cogitada pela TV Globo para uma nova produção; o ator comenta, ainda, sobre filmes que estrearão em 2021
22 de Dezembro de 2020, 10:11
Eloah Bandeira/ Assessoria
Marcos Palmeira é o entrevistado do “Cinejornal”, na quinta-feira (24), às 18h20, no Canal Brasil. A repórter Maria Clara Senra conversa com o ator a respeito dos desafios e aprendizados de 2020 e sobre seus recentes projetos, dentre eles o filme “Boca de Ouro”, de Daniel Filho, a websérie “Sala de Roteiro” (2020), de Fernando Meirelles, e “O Barulho da Noite”, longa-metragem de Eva Pereira produzido em 2018 ainda sem data de estreia.
Palmeira fala, também, sobre um dos assuntos mais comentados deste fim de ano entre os apaixonados por novela: um possível remake de “Pantanal”. Ele se mostra entusiasmado com a possibilidade de estrelar novamente a trama. “Eu acho maravilhoso”, entusiasma-se o ator. “E poder voltar pelas mãos da Rede Globo, nesse momento, falando de Pantanal, trazendo as questões ambientais tão fortes, que o Benedito [Ruy Barbosa] adora fazer.” Em 1990, ele encarnou o peão Tadeu, um de seus primeiros papéis de destaque na TV.
Marcos Palmeira comenta, ainda, a respeito do filme “O Barulho da Noite”, seu mais recente trabalho para o cinema. Ambientado no Tocantins, o longa trata da complicada temática do abuso infantil. “É um filme inteiramente de arte que tem grande chance de dar certo. Eu e Emanuelle Araújo contracenamos com duas crianças geniais. É passado no Tocantins, perto da cidade de Palmas. É um filme com a realidade daquele lugar, mas que reverbera no Brasil todo. Fala um pouco da pedofilia, do abuso. É bem dramático, eu adorei fazer.”
Ainda no cinema, o ator estrelou, ao lado de Malu Mader, Lorena Comparato e Fernanda Vasconcellos, o filme “Boca de Ouro”, de Daniel Filho. Baseado na obra homônima de Nelson Rodrigues, o longa-metragem é uma coprodução do Canal Brasil e Globo Filmes. “Acho que Nelson Rodrigues é muito atual porque ele fala de sentimentos básicos do ser humano. Ele mostra um pouco dessa hipocrisia social, que nós temos vários lados. Não é só o bom e o mau, nós somos um pouco de tudo.” E completa: “Tem um subtexto muito forte. Muito mais do que está sendo dito – é o que não é dito”.
Outro lançamento recente de Marcos Palmeira é a websérie “Sala de Roteiro”, que estreou em julho deste ano no YouTube. Com texto de Antonio Prata e direção de Fernando Meirelles, cinco roteiristas, interpretados por Marcos Palmeira, Andréa Beltrão, Enrique Diaz, Mariana Lima e William Costa, discutem os rumos de uma série durante uma videochamada, como uma sátira da política brasileira.
Outro assunto da entrevista é seu personagem em “Intervenção”, longa-metragem de Caio Cobra com roteiro de Rodrigo Pimentel, autor dos livros que basearam os dois longas “Tropa de Elite”. No filme sobre a situação das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) no Rio de Janeiro, Palmeira interpreta o Major Douglas, ao lado de Bianca Comparato, Zezé Motta e Babu Santana.