Importante polo turístico do estado, a cidade sertaneja recebe turistas de várias partes do país; cercada de morros, chama a atenção pelo bonito casario do século 18, que já serviu de cenário para filmes e telenovelas
18 de Junho de 2021, 11:23
Ivaldo Pinto é jornalista
Não há quem não se encante com Piranhas, uma das mais antigas cidades do sertão alagoano, às margens do rio São Francisco. É hoje importante polo turístico do estado, recebendo turistas de várias partes do país. Cercada de morros, Piranhas chama a atenção pelo bonito casario (datado do século 18), que já serviu de cenário para filmes nacionais e novelas da TV Globo. Conhecida também como "cidade-lapinha" de Alagoas, o município dispõe de hotéis e pousadas, a maioria localizados no centro histórico. O acesso à cidade é feito pela AL-225 e AL-220.
Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (o Iphan), Piranhas tem uma população estimada de 25.183 habitantes (IBGE/2020). Figuram como atrações turísticas o majestoso rio São Francisco; o Museu do Sertão, localizado na antiga estação ferroviária; Mirante Secular, construído no século 19 para saudar o século 20; Mirante de Atalaia, de onde se vislumbra um belo panorama da cidade e do rio São Francisco; os restaurantes e barzinhos da orla fluvial e os do centro histórico, alguns com música ao vivo, onde acontecem shows e apresentações folclóricas ao ar livre.
Há outras atrações turísticas mais afastadas do Centro, como a Hidrelétrica de Xingó, pujante obra da arquitetura brasileira; os passeios de catamarã pelo cânion do Velho Chico, localizado na margem alagoana do rio, com parada para banho no Paraíso do Talhado, um lugar espetacularmente belo, no município de Delmiro Gouveia, em Alagoas; trilha ecológica do rio Capiá, em meio à Caatinga; trilha pela caatinga até a Gruta de Angicos, onde morreram os cangaceiros Lampião e Maria Bonita, em território sergipano, e o Museu de Arqueologia de Xingó, no vizinho município de Canindé do São Francisco, em Sergipe.
Imperdível mesmo são os passeios de catamarã pelo cânion do Velho Chico – o quinto maior navegável do mundo, contemplando belas paisagens da natureza. No passado, as pessoas hospedadas em Piranhas tinham de atravessar a ponte e ir ao restaurante Karranca´s Bar, no município de Canindé do São Francisco, em Sergipe, para fazer o passeio de catamarã pelo cânion. Atualmente, os passeios podem ser realizados também do lado alagoano do rio, em Delmiro Gouveia, saindo as embarcações do Restaurante Ecológico Castanho, bem como da Praia da Dulce, no vizinho município de Olho d´Água do Casado, também em Alagoas.
Em Piranhas, uma boa dica é ir de barco ao Distrito de Entremontes, à beira do São Francisco, comprar artesanato. No local, visitado por turistas brasileiros e estrangeiros, é comercializado artesanato de qualidade produzido por exímias artesãs. São peças delicadas de bordados de ponto de cruz, vagonite, redendê e boa-noite. As viagens a Piranhas estão no roteiro das agências de viagens de Maceió, e há passeios de fins de semana e também bate e volta.
Notas
De volta ao passado
Com a extinção da Empresa Alagoana de Turismo (a Ematur) em 2000, foi criada a Secretaria Estadual de Turismo, mas os funcionários não perderam o emprego – ficaram lotados no novo órgão estadual de Turismo. Para relembrar os bons tempos em que atuaram na Ematur, o pessoal promoveu alguns encontros com ex-presidentes da empresa, para confraternizar. No dia 1º. de agosto de 2006, por exemplo, houve um almoço no restaurante Stela Maris Grill, na Jatiúca. Na foto (à dir.), aparecem Caio Porto Filho, Fernando Rubem Canuto de Amorim e Manoel Cavalcante de Melo Neto (Manduca) e um grupo de funcionários da Ematur.
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