Projeto começou em julho; nesta quarta-feira (2), jovens entre 16 e 28 anos iniciam uma produção de vídeos e de outros itens informativos
02 de Setembro de 2020, 11:39
Da Redação
Nesta quarta-feira (2), o projeto de monitoramento e resposta à covid-19 nas grotas de Maceió – que foi iniciado pela ONU-Habitat e pelo governo de Alagoas em 17 de julho – entra numa segunda fase, com foco na participação e engajamento da comunidade jovem desses locais. Depois desse primeiro momento coletando informações junto aos moradores e lideranças das grotas, agora a resposta deve vir da juventude.
A agência de notícias do governo informa que foram escolhidos nove representantes de oito comunidades, que iniciarão "um processo virtual de troca de visões e experiências sobre a pandemia”. De acordo com a Agência Alagoas, o programa deve “envolver esses jovens moradores na criação de conteúdos de comunicação para conscientização e difusão de informações acerca da covid-19”.
Jovens residentes nas grotas Boa Esperança, Piabas, Santa Helena, José Laranjeiras e nas grotas do Ary, do Arroz e do Rafael, além do Vale do Reginaldo, produzirão conhecimento “com a linguagem que utilizam, deles e para eles mesmos”. O objetivo, segundo o oficial nacional da ONU-Habitat Brasil, Rayne Ferretti Moraes, é "ampliar conhecimentos das medidas preventivas e de como a grota está se comportando frente à covid-19 e o que as pessoas podem fazer diante da pandemia”.
A Agência Alagoas informa que as mais de duas mil entrevistas que serão realizadas pelo projeto servirão de base para o diagnóstico das condições sanitárias e socioeconômicas dos moradores das grotas. “Auxiliando o poder público na formulação de soluções emergenciais, políticas e projetos de sustentabilidade para melhorar as condições de vida da população nessas localidades”, explica o site do governo.
Os jovens selecionados, com idade entre 16 e 28 anos demonstraram, segundo a Agência Alagoas, “desenvoltura na produção de vídeo e conhecimento sobre a pandemia da covid-19". Paula Zacarias, analista de programas do escritório do ONU-Habitat em Alagoas, explica que a equipe local “já possuía uma rede de contatos ou atuação em áreas de grotas”. “Por isso, identificaram mais rapidamente jovens que se adequaram a alguns critérios, como preferencialmente ter idade maior do que 18 anos, possuir computador ou celular e acesso à internet, uma vez que todos os contatos serão online.”