O arquiteto Eduardo Henrique Silva – músico conhecido na capital por diversos trabalhos na cena roqueira local, incluindo guitarra e produção na banda Efeito Moral, ao lado do rapper Vítor Pirralho – colhe os frutos agora do esforço de arquiteto estreante na mostra de arquitetura e decoração “Casa Cor Alagoas 2017”, que se encerra neste domingo (10), no shopping Parque Maceió, à avenida Comendador Gustavo Paiva, 5.945, bairro de Cruz das Almas.
O novato não deixou por menos, construindo um ambiente, a “Suíte musical”, que fez jus a uma cancha de guitarrista – ele é dos bons –, que, aliada à competência do jovem profissional habilitado em projetos acústicos, conquistou o público, colegas e jornalistas, e, o que é o melhor, o pessoal do ramo imobiliário. Os esforços ao longo dessa temporada da “Casa Cor”, inaugurada na segunda semana de outubro, sem dúvida valeram a pena.
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Eduardo Henrique apresenta o ambiente da 'Suíte musical' aos visitantes que não param de chegar |
Lavabo: ecológico, aconchegante e jovial |
A “Suíte musical”, como o nome sugere, traz uma poderosa ambientação sonora para o quarto de um jovem – ou de um coroa descolado –, mobiliado de poltrona, guarda roupa, cama de casal e sistema de projeção com uma tela de última geração semelhante a uma TV de 110 polegadas. Banheiro moderno e, por último – e o mais importante –, o estúdio, cujo equipamento é o mesmo que Henrique grava álbuns de diversas bandas de rock da cidade.
“É um local projetado tecnicamente”, explica o arquiteto. “As soluções encontradas podem ser aplicadas em escritórios, mezaninos, salas de aula, salas de reunião, quartos. Há uma infinidade de soluções personalizáveis para cada necessidade. E isso aliado ao design, para agradar não somente aos ouvidos, mas, também, aos olhos. Buscamos uma experiência sensorial completa aqui na nossa ‘Suíte musical’, pois não esquecemos do olfato, tato e paladar.”
Como a “Suíte musical” está instalada num compartimento todo montado em gesso comum, ou seja, material de baixa densidade, o isolamento acústico entre os dois ambientes, quarto e estúdio, não é pleno – reconhece Eduardo Henrique. “Isso mostra o potencial do cálculo de perda de transmissão feito para determinar a espessura do vidro presente nas esquadrias e, mesmo com a deficiência do gesso, as pessoas ficam maravilhadas com o isolamento entre os dois ambientes.”
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O estúdio da 'Suíte musical' é o mesmo que o arquieto trabalha atuando como músico e produtor |
A tecnologia do espaço – credita nosso músico e arquiteto de 30 anos – foi “pensada” em conjunto com profissionais do serviço de automação Unium (Mangabeiras, capital). “Todo o quarto ‘se molda’ com um simples toque de botão”, comemora o arquiteto revelação da “Casa Cor”. “Mudamos as cores do ambiente, acendemos e apagamos as luzes, ligamos e desligamos o som, bem como escolhemos os equipamentos que vão tocar e o quê tocar. Ampliamos e diminuímos a dimensão visual do quarto com uma super cortina automática, enfim, nosso slogan é ‘técnica a serviço do seu bem-estar’."
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Duas paixões: música e arquitetura aliada à projetos acústicos |
Os custos dessa belezinha, segundo Henrique, “ultrapassam a cifra de R$100 mil facilmente”. “Entretanto”, diz ele, “quem já visitou o Pub Fiction sabe que eu já resolvi a acústica do estabelecimento com menos de R$ 2 mil. E é essa a grande sacada do trabalho do arquiteto e projetista acústico: adequar-se a qualquer tipo de bolso. O custo x benefício de cada um dos equipamentos do local justifica a cifra apresentada no início. Uma TV de 110 polegadas custa R$ 350 mil, mas o sistema de projeção com uma tela de última geração instalada na ‘Suíte Music’ –, que se comporta igual a uma TV em termos de imagem, pois é indicada para ambientes claros, está na faixa de R$ 42 mil. Então trata-se de um ambiente economicamente planejado também. É um local para pessoas que sabem o valor do seu dinheiro e que não querem investir em algo que se arrependam depois.”
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